Meu pneu está careca: quais os riscos?

Manter os pneus em bom estado é um dos primeiros passos para ter um carro seguro. Muitas vezes, por falta de conhecimento, os pneus são subestimados, aumentando os riscos de acidentes, especialmente com pneus desgastados ou "carecas".

Pneus carecas não apenas prejudicam a eficiência do combustível e o desempenho do veículo, mas também aumentam o perigo em todas as condições de direção, até mesmo em pistas secas. A aderência comprometida significa que seu veículo pode não responder como esperado em momentos críticos, elevando as chances de acidentes.

Para te ajudar a ter um carro mais seguro, preparamos esse conteúdo sobre os perigos de continuar dirigindo com o pneu careca e como evitar a situação.

Como reconhecer pneus carecas e quando substituí-los

Identificar pneus carecas é essencial para garantir a segurança na direção. Aqui estão alguns passos para identificá-los:

Verificação visual

Profundidade dos sulcos: os pneus possuem sulcos que devem ter uma profundidade mínima para garantir a aderência adequada. Segundo o CONTRAN (Conselho Nacional de Trânsito), essa profundidade deve ser de no mínimo 1,6 milímetros para carros;
Sigla TWI (Tread Wear Indicator): os pneus vêm com marcadores TWI, também conhecidos como indicadores da banda de rolagem, que indicam o limite seguro de desgaste. Se a superfície do pneu estiver nivelada com esses indicadores, é hora de substituí-lo;
Data de validade: a vida útil de um pneu é geralmente de 5 anos. Verifique o código DOT (Department of Transportation) — que segue o padrão americano, no qual os dois primeiros dígitos representam a semana de fabricação e os dois últimos, o ano.

Teste da moeda

Uma forma prática de medir a profundidade dos sulcos é usando uma moeda de um real. Se ao inseri-la nos sulcos, a borda dourada da moeda for muito visível, indica que os pneus estão desgastados demais.

Inspeção de danos

Rasgos e bolhas: verifique a presença de rasgos, cortes ou bolhas nos pneus, pois esses sinais indicam danos que comprometem a segurança;
Pressão inconsistente: um pneu que perde pressão mais rapidamente que os outros pode indicar desgaste ou dano, necessitando revisão ou substituição.

Riscos de dirigir com pneus carecas

Dirigir com pneus desgastados ou carecas traz riscos significativos não apenas para o condutor, mas para todos no trânsito. A seguir, estão as principais consequências que os pneus em más condições podem causar.

Riscos na condução

Redução da aderência: pneus carecas têm sua capacidade de tração comprometida, o que aumenta o risco de escorregamentos e deslizamentos, mesmo em condições normais de pista;
Aumento do tempo de frenagem: a falta de aderência eleva o tempo necessário para frear completamente o veículo, o que pode ser perigoso em emergências;
Aquaplanagem: em dias chuvosos, o risco de aquaplanagem — quando o pneu não consegue dispersar a água e perde contato com o asfalto — é significativamente maior, colocando em risco a segurança de todos.

Dificuldades técnicas

Perda de estabilidade e alinhamento: pneus carecas podem levar a problemas de estabilidade e alinhamento, afetando a direção e o controle do veículo;
Desgaste desigual: pneus podem se desgastar irregularmente devido a problemas de alinhamento ou calibragem inadequada, sendo mais difícil de notar o desgaste.

Dificuldades técnicas

Perda de estabilidade e alinhamento: pneus carecas podem levar a problemas de estabilidade e alinhamento, afetando a direção e o controle do veículo;
Desgaste desigual: pneus podem se desgastar irregularmente devido a problemas de alinhamento ou calibragem inadequada, sendo mais difícil de notar o desgaste.

Consequências legais e financeiras

Infrações de trânsito: dirigir com pneus carecas é considerado uma infração grave pelo CONTRAN, resultando em multas significativas e pontos na CNH;
Multas adicionais: além da multa por pneus carecas, você também pode ser penalizado por dirigir com estepe sem condições adequadas, incluindo o estepe.

Cuidados para manter os pneus em boas condições

Além dos fatores já mencionados, como a profundidade dos sulcos, o limite seguro de desgaste (TWI) e a data de validade (DOT), existem outras medidas que contribuem para o bom estado do pneu. Saiba quais são elas:

Calibragem regular: a pressão correta nos pneus é fundamental para uma boa calibragem. Uma dica é calibrá-los quando estiverem frios para evitar diferença na pressão devido a altas temperaturas;
Rodízio de pneus: os pneus da frente costumam se desgastar primeiro, por isso, é importante que os da frente se igualem. É recomendável fazer um rodízio a cada 10 mil quilômetros rodados para evitar esse problema;
Alinhamento da suspensão: o alinhamento garante que o desgaste dos pneus seja uniforme, evitando a substituição precoce. É indicado realizar o alinhamento a cada 10 mil quilômetros ou caso perceba que a direção está puxando para um lado.
Balanceamento das rodas: vibrações no volante ou na cabine podem indicar a necessidade de balanceamento. Essa manutenção previne desgastes irregulares e assegura uma condução mais suave. Você pode fazer isso junto do rodízio ou da substituição dos pneus.

O que você acha de checar os pneus do seu carro?

Manter os pneus em bom estado é indispensável para uma condução segura e eficiente. Fique atento aos sinais de desgaste e mantenha boas práticas para ter pneus em ótimas condições. A manutenção regular e a substituição, quando necessário, são essenciais para garantir sua segurança e dos passageiros.

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